Socialização e adaptação da criança de 0 à 6 anos
Nos dias de hoje, em que a mulher assume cada vez mais atividades fora do lar, é comum as crianças irem mais cedo para a escola.
A adaptação da criança está na dependência da orientação dos pais e da educadora que deverá ter conhecimento prévio das características básicas da criança, quanto ao seu comportamento social, alimentação, higiene, saúde e sono. Sendo assim, a socialização da criança desenvolve-se harmoniosamente adquirindo superioridade sob o ponto de vista da independência, confiança em si, adaptabilidade e rendimento intelectual.
1 - A decisão de colocar seu filho na escola deve resultar de atitude pensada, consciente e segura;
2 - A vinda da criança para a escola deve ser preparada; entretanto, evite longas explicações para ela, pois isso pode despertar suspeitas e insegurança;
3 - A separação, apesar de necessária, é um processo doloroso tanto para a criança quanto para a mãe, mas é superado em pouco tempo;
4 - Cuidados devem ser tomados nesse período de adaptação em relação a: troca recente de residência, retirada de chupeta ou fraldas, troca de mobília do quarto da criança, perda de parente próximo ou animalzinho de estimação, retirada do peito, (evitar mudanças concomitantes);
5 - O choro na hora da separação é freqüente e nem sempre significa que a criança não queira ficar na escola;
6 - A ausência do choro não significa que a criança não esteja sentindo a separação. Não force com violência e ansiedade a criança a ficar na escola;
7 - Cabe à mãe entregar a criança ao educador, colocando-a no chão e incentivando-a a ficar na escola. Não é recomendável deixar o educador com o encargo de retirar a criança do colo da mãe a força, (ele vai sentir-se arrancado da mãe e ficará mais assustado);
8 - Nunca saia escondido de seu filho. Despeça-se naturalmente. Evite comentários sobre a adaptação da criança em sua presença;
9 - A sala de atividades é um espaço que deve ser respeitado e sua presença nela, além de dificultar a compreensão da separação, fará as outras crianças cobrarem a presença de suas mães;
10 - Incentive a criança a procurar a ajuda do seu educador quando necessitar algo, para que crie laço afetivo com ele;
11 - Lembre-se que o educador atende às crianças em grupo, procurando distribuir sua atenção, igualmente, promovendo junto com a mãe a integração da criança;
12 - Se os pais confiam na escola, sentirão segurança na separação e esse sentimento será transmitido à criança, que suportará melhor a nova situação;
13 - O período de adaptação varia de criança para criança, é único e deve ser avaliado individualmente; - Evite interrogatórios sobre o dia da criança na escola;
14 - Poderão ocorrer algumas regressões de comportamento durante o período de adaptação, assim como alguns sintomas psicossomáticos (febre, vômitos etc.
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15 - É comum verificar-se nessa fase uma ambivalência de sentimentos. O desejo de autonomia da criança e a necessidade de proteção ocorrem simultaneamente.
16 - Cuidado com a aparente adaptação. Os pais devem respeitar o período estabelecido pela escola.
17 - A adaptação das crianças de período integral inicialmente deve ser feita em um turno (manhã ou tarde).
18 - Nos primeiros dias a criança poderá trazer de casa um brinquedo ou objeto de estimação, limpo, seguro e não eletrônico; depois da adaptação, brinquedos pessoais só nas sextas-feira.
19 - Os pais devem ficar atentos e respeitar os horários para deixar e buscar seu filho, sem mentir ou omitir a nova rotina. Pois, o maior medo da criança é ser abandonado ou esquecido pelos pais.
20 - Nos primeiros dias a mãe pode ficar visível por uma meia hora antes de se ausentar e também buscar a criança mais cedo, conforme combinado previamente com a secretaria.
- Existem crianças que já no primeiro dia se despedem da mãe e se integram com as outras crianças, neste caso não há necessidade do programa de adaptação.
- Algumas crianças passam bem toda uma semana e na próxima é que começam a chorar, entrando então no processo de adaptação. Se você estiver deprimida por sentimentos de culpa, insegurança, ansiedade e preocupação com os sentimentos do seu filho, procure discuti-lo com a Psicóloga da escola.
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