segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Medo das Crianças – o que fazer

   Ao nascer a criança não possui o conceito de medo. Esse parâmetro de perigo é formado pelos pais que 
transmitem suas experiências aos filhos descrevendo-lhes o que é perigoso e o que vem a ser seguro.
Por meio de nossas reações a criança percebe o mundo como seguro ou assustador. Transmitir confiança diante das dificuldades faz com que a criança sinta que pode superar o perigo.

· Sentir medo não é vergonhoso.
· Todos nós sentimos em algum momento.

O medo é um mecanismo importante para o nosso juízo, pois  evita  que  nos  coloquemos  diante de situações perigosas desnecessariamente. 
O medo torna-se um problema quando é imaginário ou irreal, mas, causa sensações reais como choro, 
desespero, taquicardia, sudorese, ou impede um passeio, a escola, o trabalho, etc. Medo excessivo em crianças, sem motivos aparentes,  podem ser  um sinal de distúrbios emocionais 
deflagrados por situações conflituosas ou comportamentos inadequados dos pais.

· Verifique se há situações entre o casal que podem gerar insegurança à criança (brigas,  discussões,  ameaças de separação, separação recente, problemas financeiros, falta de atenção e tempo com a criança, doenças em família etc.) Normalmente  a  criança  capta as dificuldades dos pais e teme por seu bem-estar, transferindo essa 
sensação de medo por um motivo real para: a  chuva,  o cachorro, fogos, vento, praia, escola, do escuro, de outras pessoas etc.

Como lidar com o medo da criança
A melhor maneira de diminuir o medo excessivo é enfrentá-lo gradativamente, ou seja, fazendo aproximações 
sucessivas das situações específicas, demonstrando que aquele medonão se justifica, que não se machucamos e nem sofremos ao entrar na água do mar, por exemplo, e que é  para se divertir. A chuva é bonita de se ver, necessária para a natureza, os fogos são coloridos, barulhentos e 
estão lá no alto, e assim por diante.
 Nunca humilhe ou use de ironia com a criança, insista para ela perder seus medos e não tornar este um 
padrão de comportamento (Fóbico), mas vá aos poucos com segurança e afetividade, nunca reforce o medo da 
criança concordando com a fuga dela, mas também não a obrigue de uma hora para a outra a enfrentar na força. 
 Demonstre que entende o que ela está sentindo, mas, que isto deve e pode ser mudado para o bem dela mesma.

· Conte com um profissional de psicologia para lhe orientar especificamente o que fazer  com o medo do seu filho. Muita calma e força nessa hora, se você se abalar vai por tudo  a perder.


Psicóloga Tabata Caffé

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