A inserção de hábitos alimentares na criança está intimamente ligada aos hábitos dos pais ou encarregados da nutrição, logo no princípio de sua vida. A criança, de fato, não determina seu alimento. No início de sua existência, é passiva e totalmente dependente de um adulto para se alimentar. Os pais determinarão a alimentação mais adequada à criança seguindo a orientação do pediatra.
Será menos desgastante no futuro, se no presente houver preocupação em formar hábitos regulares e saudáveis de alimentação que gerarão um desenvolvimento equilibrado, tanto psíquica quanto fisicamente. Não se pode reter o desenvolvimento, mantendo-a em um estágio de dependência para facilitar o trabalho de educar. A criança precisa crescer! E para isso deve experimentar novas situações para aprender a se adequar às necessidades, que sem dúvida, advirão em sua existência.
A criança deve ter hora para acordar. Permitir que a criança durma até tarde desregula o relógio fisiológico e altera o apetite. O saudável é “dormir cedo, cedo erguer, dá saúde e faz crescer”. Se a criança passar o período da manhã gastando energia, na hora do almoço estará com apetite de “leão”.
Nada de salgadinhos, biscoitos, balas, bolos etc, nos intervalos das refeições, nem como complemento de uma refeição insatisfatória. Sobremesa só se a criança comeu o que devia de salgado.
Os horários das refeições devem ser regulares para que a criança estabeleça um ritmo adequado ao seu organismo, tendo apetite na hora certa.
Coloque pouca quantidade. O apetite de uma criança não é igual ao do adulto. Se desejar mais, ela pedirá.
Deixe a comida durante um tempo determinado. Se ela não quiser, retire e ofereça alimento só no próximo horário de refeição.
Devem-se variar os sabores, inserindo-se, sempre que possível, alimentos com paladares diferentes. Os pais devem dar o exemplo se alimentando de forma variada e completa e provando novos pratos e depois emitindo uma opinião.
A comida deve ter uma apresentação bonita, e os alimentos bem distribuídos no prato e não misturados como uma “gororoba”. O paladar é distinto e as papilas gustativas devem realizar seu trabalho com satisfação, sem essa de que “no estômago tudo se mistura mesmo”.
A criança deve comer com outras pessoas, pois além, de despertar o prazer em comer, aprendem a manipular os talheres e a se comportar durante uma refeição. O hábito das refeições em família é muito salutar em todos os aspectos da saúde física e emocional.
Consumo de guloseimas, não se deve fazer estoques durante a semana, reserve o final de semana e lazer para estes desejos calóricos e com pouco valor nutritivo. Depois, na segunda-feira, o ritmo deve ser restabelecido.
De preferência a uma alimentação mais natural, evitando gorduras e frituras. Experimente receitas diferentes. É uma higiene mental, além de ser uma experiência enriquecedora, porque testamos nossas qualidades culinárias.
Evite sobremesas prontas, a confecção de uma “salada de frutas” ou pudim é uma demonstração de carinho.
Enfim, para ajudar seus filhos no hábito de alimentarem-se de maneira mais saudável, deve-se iniciar esse procedimento o quanto antes. Bom apetite!
Se a criança apresentar desnutrição ou outros problemas devemos alimentá-la como for possível e não o ideal, afim, de não prejudicar sua saúde e crescimento. Mas, tarde quando possível, podemos introduzir uma reeducação alimentar.
Psicóloga Tabata Caffé
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